sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

025- Pessoal demais.


Não aguento mais querer escrever e não saber como, ou sobre o que. Nesses dois últimos dias coisas boas aconteceram e eu estou bem com elas, mas eu tenho esse problema em escrever sobre o que é bom, talvez seja porque eu criei essa coisa de escrever quando precisava desabafar, mas eu queria mesmo escrever sobre como eu e meu namorado estamos bem, ou em como eu gosto do meu Ricardo e como estou feliz em passar de ano.
Na verdade, eu preciso mesmo é de um diário pro ano que vem, mas eu só escrevo nele quando estou desesperada, chorando, ou infeliz com alguma coisa; isso é bem ruim, na verdade, escrever é delicioso e pertence a coisas tão desagradáveis. Não consigo ver graça nessas palavras que escrevi, apesar dessa ideia me incomodar um pouco; não vejo exageros, não vejo briga nem nada, só uma palavra escrita atrás da outra, sem nenhum significado. Ou significado demais, mas sem... sal? Até as palavras parecem mais feias.
Estava olhando a minha vida em geral, acho que eu não tenho muita sorte com amigas, elas costumam ir embora, ou se afastarem, ou me acharem criança demais, imatura demais, ou menino demais. A minha melhor amiga foi pros EUA tem 4 meses, Q-U-A-T-R-O L-O-N-G-O-S M-E-S-E-S, eu sinto muito a sua falta. As minhas amigas daqui andam com uns interesses meio diferentes, ou se afastaram, ou vão trocar de colégio, cidade, país. O que eu tenho de amiga da errado, é, a minha melhor amiga vai voltar, mas eu ando com tanta saudade que não sei se vou aguentar. É meio engraçado quando eu chamo os meus amigos de "amiga", secretamente fico com medo de alguma coisa acontecer e que eles saiam de perto também. Não, não, eu não posso acreditar em carma, essas coisas atraem, então é só uma questão de tempo.
Se você é meu amigo, você vai pensar: mas Giulia, você não tem cara de quem precisa de uma amiga. É, eu não sou tão vaidosa assim, mas é bom dormir na casa de uma amiga as vezes, de olhar um garoto na rua e falar: "que gato", de fazer coisa de menina... tipo unha, cabelo, arrumar, conversar sobre menstruação, sobre tpm, sobre moda e essas coisas clichês e fúteis que as meninas gostam, mas só as vezes... porque a maioria do tempo seria bom conversar com ela sobre religião, história, literatura, sobre futuro e nossa amizade eterna. Seria legal voltar a conversar sobre meninos e não parecer boba quando falasse alguma besteira melosa. Eu sinto falta de Teka.

sábado, 17 de dezembro de 2011

024- Esses Devaneios


"Quando me vi, tendo de viver comigo apenas, e com o mundo, você me veio como um sonho bom e me assustei, não sou perfeito... eu não esqueço, a riqueza que nós temos ninguém consegue perceber e de pensar nisso tudo, eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir."
Imagino em um desses becos de paralelo, em Londres, choveu no final da tarde, uma noite nublada, no meio da semana... as ruas vazias. Aconteceu já faz um tempo, a iluminação era fraca, apenas um poste, daqueles antigos, que tinham uma vela dentro de uma estrutura de ferro. E ela correndo.
Com certeza ele tinha feito alguma coisa com aquela garota que não aguentava mais conhecer caras "assim" e confiar neles. Mas esse novo rapaz não era assim, ela sabia, só que alguma coisa aconteceu e ele tinha feito tudo aquilo. Ela saiu correndo por essas ruelas molhadas, então ele a alcançou. Com os olhos cheios de lágrimas e um pedido de perdão engasgado, ele tentou explicar:
"Eu era um rapaz rico, realmente Rico, mas eu perdi tudo isso e me vi tendo de viver comigo apenas e com o mundo... então você me apareceu, como um sonho bom e eu me assustei, desculpa, eu não sou perfeito. Eu reparei que a verdadeira riqueza que eu tive ninguém consegue perceber... pensando nisso tudo, eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir."
Depois disso, só consigo imaginar um perdão e um beijo.
(Na verdade essa música fala sobre a TV... Renato diz no final da música anterior a ela, em Legião Urbana Acústico MTV).

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

023- Anastasia I


Vejo seus medos, vejo seus gostos, suas alegrias;
Algumas vezes eu já os senti, já os chorei, mas não por você, por mim mesma
Porque eu sou você,
As lágrimas no qual você derrama, eu derramarei novamente, dessa vez, por você.

Talvez eu esteja exagerando, como sempre, mas no fundo, importa?
Pode ser que em algum momento eu tente te proteger demais,
É que você é linda, meio amarela, não esse amarelo, um amarelo outonal,
Amarelo que combina com laranja... só podia ser!

Espero que não perceba, mas na verdade isso é para você.
Desde que te vi, acenando de longe, no cemitério, só posso viver com empolgação,
lembranças e sonhos de um futuro próximo, espero.

Seria maravilhoso poder colocar esses projetos no real, bem agora,
As coisas são complicadas, eu sei, mas se você deixar, eu dou um jeito
Meu jeito, futuramente, nosso jeito.