domingo, 21 de outubro de 2012

Passo as tarde lembrando

Obriguei-me a não pensar, a contar sílabas para não sentir.
Me vi caminhando sozinha, meio perdida, meio achada.
Pus vidros nos olhos para poder melhor te enxergar.
Vejo as frases, soltas, avulsas, apenas por falar.

Penso seus pensamentos, seus atos. Falo as suas frases, os seus dingos.
Vejo seus olhos: ou tristes, ou felizes, não os entendo, não os conheço... onde te perdi?
Lembro, nervosa, saí. Como voltar? Como pude? Como deixei?
Penso, aflita: "Não, não foi pra ela, não por ela, não, não, não". Mudo de assunto.

Pensei, pensei, pensei, pensei, pensei, pensei, pensei...
Não consegui, apaguei.
Apenas saiu: Te amo.
Então, me desencarnei e "virei nós"
-x
Como disse, não consegui, apenas saiu "Te amo", mesmo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Não Caroline, não Carolina, Carol!

Surgiu!
A boca virou um farol
"Ah, o riso infantil...
Vai se chamar Carol!"

Cresceu,
As pernas viraram asas.
Correu para o breu
e seu chão virou brasa.

Sorriu,
Pensei que era a cura,
O riso juvenil,
Mas tava nas escuras.

Pedi,
Achei que não me ouvia,
Para ver sorrir,
Percebi a correria.

Ouvi:
"Mamãe, pare de chorar,
Compro um suvenir,
Destes pro nosso lar!"

Vivi,
Não sabia que podia
Comprar alegria
Junto a um suvenir .

--x
Ei, relevem, é a primeira vez que tento rimar e contar sílabas...