quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Aprendendo a aplicar "nunca"

Dos pontos mais longes,
A retaseria o seu melhor caminho.
As estradas pontilhadas
Eram minha escolha.

Encontros e reencontros.
Algulmas coisas congelam os ares,
Outras voam o tempo.
E as duas podem ser a mesma metáfora.

Entre pássaros fazendo verão
E beija-flores parados no céu,
Um universo conspira injustiças,
Milagres desesperados
Por um coração pecador.
E eu repito o cantor:
"Criancinha levando prego no olho".

De todos os viéses,
No centro da rodovia,
Com os braços abertos,
Dançava ao meio dos faróis.
A música gritava amor aos ouvidos,
E sangue escorria ao chão...
Da terra santa.

Pernas grossas de uma dançarina doente,
Beleza exagerada aos olhos nus.
Alegria onde havia dor
E adivinha?
Vejo o contrário flutuando pela luz da janela.

Lama verde trazendo saúde
E aquele antidepressivo,
Suicidando-as.

Veja a beleza da tristeza
E todo o resto.
Não venho falar do mal do século,
Nem do lobo mau eu tenho a salvar.

Só me veja com este vestido
E vai saber que nada acabou
E nem acabará

domingo, 11 de agosto de 2013

Boate nasal

Eu queria escrever um livro, um texto qualquer, ou até uma poesia, mas o meu caderninho de sentimentos guardados ficou caído entre o diário do ano passado e meus bons modos. Bem no fundo da última gaveta e cheio de poeira. 
As pessoas escrevem de poeira de uma forma bonitinha demais pro que ela merece. Poeira é o vestígio de um câncer mal curado, na parte mais importante do corpo: O passado.
A poeira me lembra a tudo que não presta, me lembra a tudo que é ruim, me lembra sobre o que hoje eu acordei com vontade de escrever: Você. 
De todos os pós e grãos você e a poeira são os piores. Você, pior que a areia e melhor que a poeira. Com as suas camisas com cheiro de mofo (não classifiquei o mofo porque não sei se é pó, grão ou vivo) e o cabelo cheio de óleo. Seus dentes são grandes demais e minha cabeça dói com a sua voz, exceto quando você está sendo uma gracinha, nesse momento minha enxaqueca ataca, tipo quando como frango. Que é o segundo vivo que eu mais odeio. O primeiro é você. 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Vai, mente pra mim.

Anos de sofrimentos massantes.
Sei que pareciam suficientes,
Mas não foram.

Nos últimos meses me dizia curada,
Totalmente feliz,
Só que você não me permite, né?
Nunca me deixou,
Nem quando me abandonou.

Foi vergonhoso te ver de novo,
As pernas tremeram,
As mãos suaram
E todo resto.
Como se nunca tivesse parado de acontecer.

Acho que estava até com saudade,
Parece que sou mesmo do tipo que falam:
"Essa menina GOSTA de sofrer."
Mas você faz sofrimento de uma forma tão sexy.
Me engana de um jeito tão lindo,
Me decepciona com tanto charme.

Me ama de um jeito tão errado.