Era uma vez uma família de baratas. Baratas que viviam em uma casa de classe média no meio de uma pequena cidade no interior de São Paulo.
Eram todos felizes: os donos da casa, as crianças, os cachorros e as baratas, que eram o Pai-Ba e Mãe-Ba, eles se apaixonaram e procriaram milhares de baratinhas. A mais velha se chamava Plena, o mais velho se chamava Levo, e os outros tinham o mesmo nome, só que tinham um número para diferencia-los.
O tempo foi passando e mais baratas foram nascendo. Então chegou uma época conturbada, a Mãe-ba, cuidadosa como sempre fora, não deixava suas crianças se arriscarem pela comida, mas estava ficando velha e lenta, foi pega por um humano, que quase a matou. Ao chegar em casa, com patas destruídas olhou para sua casula, a Clava, que tinha o nome diferenciado por ser claramente a mais amada, a mais mimada, a mais bonita e antes de morrer, foi a ela que a mãe declarou amor.
Pai-Ba tomou as rédeas da família e cuidava de todos com a mesma força e cuidados. Dava a Clava muito mais amor e carinho.
O Pai-Ba também morreu.
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