domingo, 11 de agosto de 2013

Boate nasal

Eu queria escrever um livro, um texto qualquer, ou até uma poesia, mas o meu caderninho de sentimentos guardados ficou caído entre o diário do ano passado e meus bons modos. Bem no fundo da última gaveta e cheio de poeira. 
As pessoas escrevem de poeira de uma forma bonitinha demais pro que ela merece. Poeira é o vestígio de um câncer mal curado, na parte mais importante do corpo: O passado.
A poeira me lembra a tudo que não presta, me lembra a tudo que é ruim, me lembra sobre o que hoje eu acordei com vontade de escrever: Você. 
De todos os pós e grãos você e a poeira são os piores. Você, pior que a areia e melhor que a poeira. Com as suas camisas com cheiro de mofo (não classifiquei o mofo porque não sei se é pó, grão ou vivo) e o cabelo cheio de óleo. Seus dentes são grandes demais e minha cabeça dói com a sua voz, exceto quando você está sendo uma gracinha, nesse momento minha enxaqueca ataca, tipo quando como frango. Que é o segundo vivo que eu mais odeio. O primeiro é você. 

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